Belo Horizonte ainda é uma
cidade pequena e não foi nenhuma surpresa encontra-la três vezes em menos de um
mês.
Na primeira, embora muito
simpática, não me despertou nenhum interesse especial, talvez em função do seu
papel de advogada num conflito comercial.
Na segunda, num evento,
embora sobriamente vestida, provocou ciúmes em minha esposa, apesar de estar
acompanhada do marido, igualmente interessante.
Na terceira, num voo de
volta de São Paulo, ao sentarmos lado a lado, nos fizemos interessantes um ao
outro. Ao final, ofereço-lhe uma carona até o centro da cidade e ela aceita de
imediato.
No caminho vou sendo
surpreendido por algumas revelações num crescente à la Bolero de Ravel:
-Ela frequentava o mesmo salão de minha
esposa, e teceu um sem número de elogios a sua beleza e modo de ser. Mas achava
que a simpatia não era correspondida, talvez porque minha esposa tenha
pressentido seu estilo de vida.
Como assim?
- Ela havia descoberto uma traição do
ex-marido e, antes de se separar fez questão de sair com alguns amigos dele. E,
por ironia ou fatalidade, acabou se juntando com um destes amigos.
E isso é grave?
-Acontece que ainda na
fase de traição os dois foram a uma boate swing e, depois, não conseguiram
abandonar este estilo de vida.
Ela ria adivinhando meu
desconforto e cada palavra dela foi um peso no meu colo e eu parecia que estava
dirigindo um caminhão e não conseguia passar dos 80 km/hora.
Fale mais sobre isso:
- Não tem uma regra,
nem obrigação. Ela já teve um namorado fixo por quase um ano, e os dois
namoraram uma famosa personalidade da capital mineira. Ainda frequantavam casas
de swing, mas preferiam em São Paulo e no exterior. Nestes dois anos juntos já
tinham tido uns 10 parceiros diferentes, mas já tinham ficado mais de seis meses
sem nenhuma aventura.
Você não quer falar sobre
isto com minha esposa? A resposta dela dissolveu-se quando ela saiu do carro
com um selinho e apoiando a mão na minha virilha.
O que virá pela frente?
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