quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

HOTEL FAZENDA

Um hotel-fazenda de raro bom gosto, roupas de cama e toalhas de incontáveis fios egípcios, um vinho rosê disputando com o frio da tarde e aquela sensação gostosa de não ter nada para fazer.

Sentados na varanda o casal se provoca adiando ao máximo ter que entrar no quarto e fazer o sexo já conhecido de tantos anos.

Um jardineiro jovem e de boa estatura desfilava seus hormônios ali por perto e o marido, numa inédita abordagem, pergunta o que a esposa achava dele.

- Como assim? – Fisicamente, claro. – Bonito...., interessante. – Interessante como? Para conversar?

Os risos, um grande gole de vinho e os cabelos jogados exalavam uma excitação crescente naquele quarto.

Ela quis mudar de assunto, mas ele insistiu: - Está com medo que eu descubra seus desejos?

Silêncio

- Você já descobriu.

E desviou os olhos para longe. Ele se levanta, a abraça por trás e sussurra algumas palavras já conhecidas. Os dois querem avançar, mas não se muda uma história de 20 anos em alguns minutos.

-Vamos para piscina aquecida.

A ordem é seguida por movimentos rápidos para que a consciência não alcance seus desejos. Meia hora se passou e nem a água quente consegue diminuir a ereção dele.

O desejo dos tempos de namoro parece ter sido despertado e não conseguem se separar causando admiração e inveja nos outros dois casais que por ali estavam.

Pedem outra garrafa de vinho e se assustam ao ver que o jardineiro virou garçom e com inesperada elegância prepara e serve o pedido. O marido estabelece um diálogo sobre trivialidades e se surpreendem uma vez mais com a postura daquele funcionário, até então, exemplar.

No quarto, o sexo é explosivo e quando ele pergunta se ela está pensando nele, ela diz que sim, mas só um pouquinho.


Gozam mais intensamente e mais vezes que o normal por terem, explicitamente, uma outra pessoa na cama.

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